quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Resumo Livro "A produção da escola contemporânea"

            A Reforma Pombalina veio para universalizar a educação, a reforma educacional assentou o desenvolvimento do plano de estudos.
            O ensino, na época era realizado através de obras clássicas, e nessa época a igreja católica criticava esse tipo de ensino, mas a iniciativa de trabalhar com essas obras não foram desprezíveis, pois ao instaurar a prática de utilização livre de tais obras superou a postura intolerante da contra-reforma e tornou obsoleta (caiu em desuso) a censura, ou seja, essas obras não feriram os dogmas da igreja católica feudal. Com as reformas pombalinas a instrução pública passou a ter livre trânsito dentro das escolas.
            O Seminário de Olinda baseia-se na idéias pombalinas, aos estudos nesse seminário eram acrescentadas conhecimentos físicos, químicos e história natural.
            A burguesia possuía em seu domínio a seleção primorosa de textos clássicos, e com esses ela conseguia controlar o mundo material, mas lhe faltava o domínio das ciências modernas.
            Os livros didáticos eram compostos de obras clássicas ou antologias, mas sua utilização era apenas auxiliar e não como algo que deveria ser lido, e executado pelo professor. Após o domínio católico houve a renovação educacional no século XVIII onde os recursos didáticos típicos da época moderna foram recuperados.
            A reforma protestante fez com que os clássicos se extinguissem da sala de aula e introduzisse os manuais didáticos.
            Esses manuais por serem dominantes na fase da universalização da escola, são traduzidos pela simplificação do trabalho didático e também pela divisão de trabalho no campo do ensino.
            O processo anunciado por Comenius “Didáctica Magna”, chegou para que sua base principal seja “ensinar tudo a todos”. Para Comenius o material didático veio para a simplificação do trabalho de um professor, para que qualquer pessoa possa ler o material, e se sentir qualificada para dar uma aula e ensinar.
            Um professor para ensinar, precisava ter domínio de uma erudição muito acima da média, foi aí que ele se viu submetido ao mesmo processo de especialização profissional. É nessa hora que entra a um aspecto muito importante, do mesmo jeito que os trabalhadores tiveram que passar por uma especialização para se adaptar com as maquinas nas indústrias, os professores também tiveram que passar por especialização, para adquirir condições para dar
aulas com os materiais didáticos. Contudo esse processo veio para que seja simplificado o meio de ensino.
O ensino oferecido para as crianças não supriam as necessidades da mesma, isso não pelo fato do professor não querer, mas pelas condições estabelecidas e oferecidas pelo Governo. A criança não recebe nenhum estimulo para pesquisar, ora a criança chega cansada da jornada de trabalho, mal descansava e já ia para a aula, a criança não se sentia estimulada para continuar a estudar.
            Pelo fato de estar cansada, a criança não conseguia absorver o conteúdo passado em sala de aula, prejudicando-a. “A burguesia tem pouco a esperar, mas muito a temer da formação intelectual do operário” diz Engels, em uma citação no livro de Alves. Realmente é verdade, a burguesia por ter ensino de qualidade e já os operários não, não esperava que os mesmos alcançassem o grau de intelectualidade e ensino de si, mas temiam que isso acontecesse e a classe operaria acabasse dominando-a.
            Com a substituição das obras clássicas pelos manuais didáticos, os professores foram menosprezados, assim perdendo seu valor no meio da sociedade, não bastava mais ser formado para poder dar aula e sim ir a qualquer posto de venda de materiais didáticos, estudar em casa e aplicar em sala de aula.
            Sendo assim o professor deixou de ser sábio na transição da escola artesanal para as obras manufatureiras, o professor deixou de ser referência do trabalho didático. Com tudo isso a sociedade mudou seu modo de pensar, “de que adianta se formar, sendo que não somos ao menos reconhecidos”, assim o cidadão perdeu o gosto pela formação acadêmica.
            As informações reforçam os conteúdos didáticos distintos da escola pública contemporânea. O acesso à educação caberia investigar o resultado na prática, isso foi avançado no século XX. As escolas americanas oferecem jornada de aulas maiores do que as escolas brasileiras, e contam com laboratórios, bibliotecas e dependências esportivas, dispõem de sólida formação humanística – cientifica, professores selecionados, pois a facilidade de expressão cativa a atenção dos alunos.
            As mudanças vêm surgindo, muitos selecionam as escolas particulares, pois acreditam que essas sejam “escolas de primeira linha”.


Conclusão:

             Pude perceber que esta obra não nos mostra fatos longe da nossa sociedade, mostra a realidade que certamente cada um de nós já pôde vivenciar.
            Naquela época, existiram pessoas que sonhavam em uma escola justa, onde o ensino fosse para todos, onde houvesse um modelo padrão de ensino para todos, um ensino de qualidade, mas vemos que em determinados lugares não ocorreu desta maneira.
            Aqui mesmo no Brasil, vemos isso diariamente na televisão, em jornais, escutamos nas rádios. É triste saber que o estudo não segue os nossos desejos. Há muito ainda a melhorar neste e em outros vários países para que seja oferecido um ensino de qualidade para todos.
            Hoje percebemos como o ensino está escasso, cansativo, a criança não recebe estímulos para aprimorar o conteúdo aprendido, não pela falta de capacidade do professor, mas pelas oportunidades oferecidas para aquele aluno. Muitos colocam culpa nos pais, outros colocam a culpa nos professores, outros nos governantes e por aí vai. Mas de quem é a culpa? Será mesmo que a sociedade tem a quem colocar a culpa? São perguntas que são difíceis de obter respostas certas e objetivas. Em minha opinião, não há em quem colocar a culpa, pois acho que no passado houve erros que foram se formando na construção social, e assim que foram percebidas, já era tarde para mudá-las.
            Assim a sociedade tem um grande desafio: solucionar o erro. É necessário investir na educação, só assim poderemos ver e receber o retorno do ensino proposto ao aluno. O Pedagogo de hoje, tem de saber ser criativo, hábil, saber contornar uma situação difícil, tornar a aula produtiva, propor situações-problemas para os alunos, saber instigar a curiosidade da criança, para que no futuro estes possam investir na educação e apostar numa educação pública melhor.

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